segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Vencer um câncer na infância não significa superação do maior risco de morte


Pessoas que conseguem superar um câncer na infância têm, ainda, que lidar com um maior risco de morte por muitas décadas , segundo estudo da Universidade de Birmingham, na Grã-Bretanha. De acordo com os pesquisadores, o próprio tratamento de um câncer na infância pode ser um dos responsáveis por um maior risco de morte por doença cardíaca, derrame ou outro câncer.

Avaliando 18 mil sobreviventes de um câncer infantil, diagnosticados antes dos 15 anos de idade no período entre 1940 e 1991 e monitorados até 2006, os pesquisadores descobriram que o número de mortes entre eles seria 11 vezes maior do que a mortalidade da população geral. E, embora essas taxas tenham reduzido com o passar dos anos, elas ainda seriam três vezes maiores 45 anos após o diagnóstico, com 77% das mortes estando relacionadas a outros cânceres e a doenças cardíacas e cerebrovasculares.

De acordo com os pesquisadores, esses maiores riscos ocorrem por causa da exposição à radiação durante o tratamento e dos efeitos adversos da quimioterapia. “Esses resultados confirmam a importância de dados dos resultados de muito longo prazo, e que os sobreviventes devem ter acesso a programas de saúde mesmo décadas após o tratamento”, concluiu o pesquisador Raoul Reulen, destacando a importância do desenvolvimento de opções mais seguras de tratamento, além de maior acompanhamento.

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